O teste do pezinho, também conhecido como triagem neonatal ou rastreio neonatal, tornou-se obrigatório por lei no Brasil em junho de 2001. O teste básico é grátis, feito pela rede pública de saúde, daí a sua abrangência, em todos os bebês recém-nascidos a partir do 3º dia de vida, ajudando a diagnosticar algumas doenças.
Sua importância vem, principalmente, do fato dessas doenças não apresentarem sintomas ao nascimento e, se não forem tratadas a tempo, podem levar à deficiência intelectual e causar sérios prejuízos para a qualidade de vida da criança. Temos como exemplo a fenilcetonúria, que quando o tratamento tem início até o final da segunda semana de vida é possível garantir o desenvolvimento neurológico normal, mesmo nos casos mais graves. O diagnóstico precoce de hemoglobinopatias e da fibrose cística também permite intervenções capazes de prevenir complicações e aumentar a expectativa de vida de crianças afetadas.
Com o avanço da medicina o teste do pezinho evoluiu e hoje temos três tipos de teste: o básico, o ampliado e o expandido.
Tipos de Teste do Pezinho:
Básico: é obrigatório, oferecido no SUS e pode detectar seis doenças, são elas:
Ampliado: É oferecido gratuitamente na maioria dos hospitais e maternidades particulares. Pode detectar até 10 doenças. Além das seis já detectadas pelo teste básico, também pode indicar deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G-6-PD), galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita.
Expandido: É o mais completo dos exames disponíveis no Brasil. Pode detectar até 48 doenças, mas é oferecido apenas em laboratórios, hospitais e maternidades particulares.
Por fim, é bom ressaltar que não há contra-indicação para a realização do teste do Pezinho. A amostra de sangue é retirada do calcanhar (daí o nome do teste) uma região rica em vasos sanguíneos e menos dolorosa para os bebês.