Qual esporte você mais gosta? Por que?
Rugby em cadeira de rodas. Porque é um esporte intenso que exige condicionamento físico e dá um grande aprendizado técnico, apesar de parecer um esporte de impacto com muitas batidas entre as cadeiras.
Também gosto muito do surf, um esporte que pratico desde os meus 12 anos de idade. Ele continua sendo o meu esporte favorito. Hoje, faço o surf adaptado, mas tenho a maior dificuldade em continuar praticando por conta da dependência de ajuda para quase tudo que envolve a prática do surf, desde carregar a prancha, chegar e entrar na água, e até mesmo, entrar na onda!
Você começou a praticar esses esportes antes ou depois de adquirir a deficiência?
Eu já praticava o surf desde a adolescência, mas quando me lesionei em 2006 assisti ao documentário MURDERBALL ainda durante minha reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek e me apaixonei pelo Rugby.
O documentário foi lançado em 2005 e conta a história de duas equipes rivais do Rugby adaptado, as seleções dos Estados Unidos e do Canadá. O filme acompanhou dois times do campeonato mundial de 2002 até o ponto mais alto da sua trajetória: a Paraolimpíada de Atenas, em 2004.
Murderball retrata uma parte da vida de atletas que não se colocam como vítimas, crescem com o esporte e cultivam uma competitividade altíssima. O filme destrói estereótipos e fala de superação de maneira inovadora.
Quais os maiores ensinamentos que o esporte traz para sua vida?
Eu diria que são as oportunidades que ele te proporciona: poder competir por uma vaga na equipe titular que você escolhe, o desafio em aprender a modalidade, as viagens, as pessoas que você conhece, e acima de tudo, a independência que o esporte promove na sua vida.