Criado na França e no Canadá, no final dos anos 70, o Power Soccer ganhou força e o mundo. A modalidade paradesportiva, praticada com cadeiras de rodas motorizadas, é a única que permite a inclusão de crianças a partir dos seis anos e sem limite de idade, de qualquer gênero – todos no mesmo time -, com deficiência motora severa, como tetraplegia, paralisia cerebral, distrofia muscular, entre outros.
Praticado em quase 30 países, o esporte, também conhecido como Powerchair Football, está ganhando força e cada vez mais adeptos no Brasil, mostrando assim a sua relevância dentro do campeonato mundial. Criado em 2014, o Rio de Janeiro Power Soccer (RJPS) é um dos times que mais se destaca no país, tendo quatro, dos seus 11 atletas, pré-convocados para a Seleção Brasileira. Já no primeiro ano de sua formação, a equipe foi Campeã Brasileira e, em 2015, conquistou o título de vice-campeã. Para 2016, o RJPS já está classificado para disputar, pela segunda vez, a Libertadores, em Buenos Aires.
A luta pela divulgação do esporte e a sua qualidade técnica, levou o Rio de Janeiro Power Soccer a ser convidado a participar, em 2015, do Défi Sportif AlterGo – evento que acontece em Montreal há mais de 40 anos e foi o precursor da paralimpíadas. Ao todo, foram 5 mil paratletas, de diversos modalidades e de vários países, sendo o RJPS o único representante do Brasil na categoria Power Soccer. O evento, que homenageou o Futebol em Cadeiras de Rodas Motorizadas, também premiou o brasileiro, Lucas Dutra, de 12 anos, como o jogador mais valioso da competição (MVP). E em abril deste, o Rio de Janeiro Power Soccer participará pela segunda vez do Défi.
O time carioca desponta não apenas pela sua qualidade técnica, mas também por levantar a bandeira do esporte e de sua inclusão nas paralimpíadas. Não à toa, o jogador tetracampeão, Bebeto, também abraçou a causa e se torno padrinho do Rio de Janeiro Power Soccer. “É um prazer ser padrinho desse projeto desde o início. O esporte mudou a minha vida e atletas são guerreiros, são exemplos de superação. Isso me emociona. Sempre fui envolvido com causas de inclusão social e considero esse projeto um gol de placa”, diz Bebeto.
Ao longo dos anos, a modalidade sofreu algumas adaptações, até que em 2006, nasceu a Federação Internacional de Futebol em Cadeiras de Rodas (FIPFA), o que possibilitou, em 2007, a primeira Copa do Mundo do esporte. Atualmente, o esporte é praticado em quase 30 países espalhados pelo continente Americano, Europeu, Asiático e Oceania, e já é reconhecida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC). A expectativa é que, em breve, o esporte se torne uma modalidade paralímpica.
Regras do Jogo:
O Power Soccer é praticado por cadeiras de rodas motorizadas, sendo três jogadores na linha e um no gol. Mesmo a bola sendo quase duas vezes maior que a bola de futebol tradicional, as regras são bem semelhantes, mas com algumas especificidades. O jogo é disputado em dois tempos de 20 minutos, com 10 minutos de intervalo.
Fonte: Revista Incluir