Ontem fui ao Mirante Dona Marta e ao Heliponto que ficam no mermo lugar. Subindo pelo Cosme Velho e seguindo à direita, passamos pelo pórtico de boas vindas a Floresta da Tijuca, maior parque Florestal urbano do mundo. Vi saguis, gaviões e cigarras anunciando a chuva de hoje.
No caminho cruzamos com diversas vans devidamente cadastradas para o serviço de passeio turístico até o Cristo Redentor e, também, com jipes característicos para transporte, não apenas pela floresta como por toda a Cidade Maravilhosa. Este antigo mirante proporciona uma visão de todas as zonas: Norte, Sul, Centro, um pedaço da baixada e da zona Oeste.
Reparei que um dos jipes era adaptado, ou pelo menos, trazia o símbolo internacional de acesso, o que não dá para garantir o tipo de acessibilidade, pois não deu para avaliar se uma cadeira de rodas consegue se ajeitar em cima do carro para ter o mesmo direito de ver e conhecer as belezas da capital do nosso Estado do Rio.
E por falar nisso, fiquei pensando em um turista chegando para os jogos ano que vem – Olímpicos e Paralímpicos – e dar de cara com uma imensa escada de mais de cem degraus para enfrentar a frustração de não poder ter o privilégio e o direito, como qualquer cidadão, de usufruir dos encantos da CIdade nem tão maravilhosa assim.
Temos muitos problemas que considero mais graves, mais urgentes e que o grande acontecimento internacional sediado aqui no Rio de Janeiro vem colocando à baila. Mas, como só fiquei de motorista e não pude subir os cem degraus e nem tenho cacife de ir de helicóptero, o que posso fazer é alertar e avisar que continuo me manifestando através dos artigos que estão aqui no site do CVI-Rio. Convido a todos para conferir e dar sugestões. A campanha Rio Eu te amo é linda, mas que tal praticarmos? Eu tive a sorte de poder subir escada um dia e quem não?!
Observação: se você for de bike, a pé ou no seu próprio carro, acho que o custo fica pelo combustível.
Por Beth Caetano