Os primeiros registros da Bocha datam de alguns séculos antes de Cristo, com bolas de pedra. A prática do jogo também teria acontecido nos Jogos Olímpicos da Antiguidade e na Itália, no Século XVI, pela aristocracia. Outra referência é a petanca, que surgiu em 1910, na França.
Entretanto, somente na década de 70 o esporte foi resgatado pelos países nórdicos, com o propósito de adaptá-lo a pessoas com deficiência. No início, era disputado apenas por pessoas com paralisia cerebral severa e um grave grau de comprometimento motor (quatro membros afetados e uso de cadeira de rodas) – hoje, está aberto a pessoas com deficiências similares a um quadro de tetraplegia.
A Bocha entrou no calendário esportivo internacional por meio da Associação Internacional de Desporto e Recreação para Paralisia Cerebral (CP-ISRA, em inglês), e sua entrada nos Jogos Paralímpicos aconteceu na edição de 1984, em Nova Iorque – que dividiu a sede com Stoke Mandeville, na Inglaterra -, apenas com competições individuais. As disputas em duplas entraram apenas em 1996, em Atlanta.
O objetivo do jogo é lançar bolas de cor vermelha ou azul – uma para cada competidor – o mais perto possível de uma branca, chamada “bola alvo”. Cada uma das esferas colocadas mais próximas ao alvo valem pontos. Se bolas de cores diferentes ficam a uma mesma distância, cada lado recebe um ponto. O vencedor é aquele que tiver melhor pontuação. Em caso de empate, é disputado um tie-break, em uma parcial extra, para definir o ganhador.
É permitido o uso das mãos, dos pés, cabeça, de instrumentos de auxílio e até de ajudantes para as pessoas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. As partidas são divididas por parciais, ou ends, cujo número muda em função dos participantes em campo.
As partidas individuais têm quatro parciais, e em cada uma delas a pessoa deve lançar seis bolas. Nas duplas também são quatro ends, e cada participante deve jogar três bolas. Nos duelos por trios, são seis parciais e duas bolas por atleta em cada end.
Fonte: Rio 2016.