Ter que tomar decisão pode ser um ato de coragem. Nem sempre depende apenas da nossa determinação e desejo, mas também se mistura com a nossa escolha que traz muita dúvida na sua ação.
O impulso que temos que dar para atingir o nosso objetivo pode ser enfraquecido por uma opinião ou incerteza alheias.
Cada um tem a sua luz própria e sua energia, mas ninguém consegue fazer tudo, ou seja, em algum momento dependemos de outras forças, outras vontades e outros desejos.
A corrida que se dá até o instante do salto, é tão ou mais importante que a calma para a aterrisagem da chegada. É necessário manter o foco em cada objetivo e assim não perdermos a direção até o alvo.
Um obstáculo muda muito desde a hora em que o encaramos de frente e assim que a distância vai diminuindo até ele, tudo muda: nossos medos, nossa coragem, e às vezes até mesmo, a nossa vontade de ultrapassá-lo.
Ter receio de enfrentar o salto não significa não ter a coragem de transpor aquele ponto.
Se prestarmos atenção pode até ser que já nem sequer estejamos ainda por lá.
De qualquer forma quem é que não teme a altura do tombo?
Quando penso se não vale à pena desistir, mudar de alvo, criar outras metas, me cresce um desejo enorme de fazer diferente, e então, quase tudo passa a ter novo sentido e me vem a compreensão de que a mudança é um trem danado de rico e muito cheio de surpresas.
E se sinto que preciso recolher, recuar, como se me preparasse para mais fôlego, posso reiniciar a corrida em direção a nova tentativa do pulo.
E é interessante que… quando e quanto mais me encolho, é que percebo que não é o medo da altura da queda que me paralisa, mas sim, tudo que possa me impedir de saltar.
Não importa o tão cansada que eu esteja, só não me permito esquecer nunca, que mesmo se não for agora, uma hora será.
Por Beth Caetano