No local, é possível fazer um passeio sensorial, com pessoas cegas acompanhando os visitantes, que ficam de olhos vendados Foto: Alexandre Rotenberg / Shutterstock
No local, é possível fazer um passeio sensorial, com pessoas cegas acompanhando os visitantes, que ficam de olhos vendados
Foto: Alexandre Rotenberg / Shutterstock

O Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência, mas nem todos os destinos estão preparados para receber este público

Cerca de 45,6 milhões de brasileiros têm alguma deficiência, segundo o Censo 2010 – o que corresponde a quase 24% da população. Considerando que a ideia de inclusão social também passa pela atividade turística, é fundamental a adaptação de espaços públicos e privados para que um número cada vez maior de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida tenham autonomia e possibilidade de viajar.

Conheça lugares no país onde o direito à acessibilidade é garantido na prática.

Praia de Ponta Negra, Natal (RN) – Cadeiras de rodas anfíbias e salva-vidas habilitados para ajudar no banho assistido dão a certeza de que praia pode ser, sim, um lugar amigável para pessoas com deficiência.

Shopping Paço Alfândega, Recife (PE) – A decoração é inspirada nos desenhos do escritor Ariano Suassuna. Adaptado a partir de uma construção de 1732, o edifício tem sinalização em braile nos elevadores e banheiros acessíveis.

Beach Park, Fortaleza (CE) – Pessoas com deficiência têm direito a 80% de descontos nos ingressos e a um atendimento especial de funcionários e salva-vidas, preparados para ajudar no uso dos brinquedos adequados para cada caso.

Museu de Arte Sacra, Salvador (BA) – Instalado no antigo Convento de Santa Teresa D’Ávila, é especializado em esculturas dos séculos 17 e 18. O acesso para idosos e cadeirantes é facilitado por elevadores bem instalados e corredores amplos.

Socorro (SP) – Localizada a aproximadamente 132 km da capital paulista, Socorro tem entre seus pontos fortes a natureza. No município, que está na Serra da Mantiqueira, há fontes de água mineral, rios e cachoeiras, além de centro histórico, hotéis fazenda e bons restaurantes. Mas o que chama a atenção é o fato de a cidade ser referência no turismo acessível, com atrações adaptadas para portadores de deficiência. O Lugar foi premiado internacionalmente por isso.

Congresso Nacional, Brasília (DF) – A casa, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, oferece visitas guiadas em libras e acesso amigável para cadeirantes – assim como acontece nas visitas guiadas ao Palácio da Alvorada e ao Palácio do Itamaraty.

Bonito (MS) – Muitos dos locais são de difícil acesso. Mas há rios e cachoeiras perfeitos para idosos e pessoas com deficiência. Em boa parte dos passeios, existem guias turísticos preparados para atender a situações especiais.

Chapada do Guimarães (MT) – Existe uma trilha para deficiências visuais, com cordões e sinalização tátil que ajuda a conhecer as espécies nativas que habitam a região. A rede hoteleira também está preparada para atender a este público.

Aquário São Paulo, São Paulo (SP) – Oferece meia-entrada para idosos e acesso amigável para cadeirantes. Mas todos, de qualquer idade, têm algo a aprender com o maior aquário da América do Sul.

Museu de Arte de São Paulo, São Paulo (SP) – Gratuito para menores de 10 anos e maiores de 60, com entrada franca as terças-feiras e excelente acesso para deficientes, é um dos mais populares e importantes museus de arte moderna e contemporânea do Brasil.

Museu do Futebol, São Paulo (SP) – Um dos museus mais amigáveis para pessoas com deficiência visual, apresenta painéis em braile e jogos táteis interativos. Com apresentações multimídia, explora a história do esporte mais famoso do país.

Brotas (SP) – Um dos mais importantes centros de turismo de aventura do Brasil está preparado para oferecer opções de esportes radicais para pessoas com dificuldades de locomoção, incluindo balonismo, rafting e tirolesa para cadeirantes.

Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ) – A maior da América Latina oferece dois ampliadores eletrônicos para cegos. Fica na Praça Marechal Floriano – que, por si só, é uma atração -, lugar cercado de edifícios históricos, incluindo o Museu Nacional de Belas Artes.

Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (RJ) – Uma vez por semana, apresenta sessões de cinema nacional com áudio-descrição para pessoas com visão limitada. Os frequentadores são atendidos por um funcionário que conhece a linguagem de libras.

Jardim Botânico, Rio de Janeiro (RJ) – No jardim fundado por Dom João VI há dois séculos, é possível fazer um passeio sensorial, com pessoas cegas acompanhando os visitantes, que ficam de olhos vendados e sentem o tato e os odores das plantas do local.

Lagoa da Conceição, Florianópolis (SC) – O bairro boêmio da capital catarinense tem ruas de fácil acesso, com sonorizadores e guias rebaixadas.

Fonte: Terra.




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