O Jardim Zoológico de Brasília inaugurou o primeiro Centro Multifuncional de Acessibilidade da região centro-oeste. Junto com o evento que marcou o 58º aniversário do Zoológico que recebeu cerca de 3,5 mil visitantes na comemoração. O Centro é adaptado para receber pessoas com diversos tipos de deficiências.
Centro de acessibilidade
O Centro Multifuncional de Acessibilidade tem piso tátil, banheiro adaptado, materiais com informações sobre animais em braille e em português, espécies taxidermizadas (empalhadas), mapa tátil, sala de informática com computadores touchscreen (tela sensível ao toque) e ambientes para oficinas. A inauguração fez parte das comemorações do aniversário de 58 anos do parque.
O diretor-presidente da fundação, José Vieira, contou que já existe um trabalho voltado à acessibilidade. A ideia era ampliá-lo: “Por que não criar um centro de referência com multifuncionalidades para trabalhar com esses grupos?” Desde 2012, o projeto Zoo Especial propõe diferentes experiências para esse público, entre elas, um circuito com o objetivo de proporcionar percepções sensoriais, como no contato com a textura das folhas e com os sons dos pássaros, além do trabalho com animais taxidermizados. No Zoo Toque, desenvolvido há mais de dez anos, a proposta para quem tem deficiência visual é, como o próprio nome diz, tocar em alguns bichos para aprender sobre eles.
A construção do centro custou R$ 146 mil, recurso conseguido por meio de edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em convênio com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. A coordenadora, Marcelle de Castro Cavalheiro, adiantou que buscará novas parcerias para garantir a continuidade do projeto e eventualmente ampliar as instalações.
Durante a solenidade, houve apresentação do grupo de dança com cadeiras de rodas do Instituto Avivarte, do Guará. “Ficamos felizes quando vemos um trabalho chamando as pessoas que têm algum tipo de deficiência, porque elas precisam e têm o direito de ir e vir em todos os lugares”, ressaltou a coordenadora, Jane Pires.
Também participaram da cerimônia de abertura do centro o secretário de Educação, Esporte e Lazer, Júlio Gregório Filho, os deputados distritais Júlio Cesar Ribeiro (PRB) e Rodrigo Delmasso (PTN) e a deputada federal Erika Kokay (PT).
Novas placas
Para mostrar aos visitantes o destino de uma parcela da entrada paga na bilheteria, recintos de animais do Cerrado receberam novas placas de identificação com os dizeres: Parte do valor do seu ingresso é destinado para a conservação da minha espécie. As sinalizações foram colocadas nos espaços que abrigam araras azuis e vermelhas, lobo-guará, mico-leão-dourado, onça-pintada, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim e tatu bola. Segundo a fundação, a inovação custou cerca de R$ 550, recurso de orçamento do zoo para audiovisual.
Os recintos do rinoceronte Thor, da lontra Sushi e do hipopótamo fêmea Yuli também ganharam novas identificações. Estas, porém, com outra finalidade: contar as histórias de como esses animais chegaram ao zoológico, com uma foto da época para mostrar a melhora na saúde e no bem-estar desde então.
Site
Ainda como parte das comemorações dos 58 anos do parque, o site da Fundação Jardim Zoológico de Brasília foi reformulado. Ganhou leiaute diferente, novas páginas e teve conteúdos e menus reestruturados.
Preço único
Devido ao aniversário, neste fim de semana, o ingresso teve preço único de R$ 5 e a entrada foi gratuita para crianças de até 12 anos e pessoas maiores de 60 anos. Em dias normais de funcionamento, esse valor (meia-entrada) é pago por quem entrou de graça hoje e por estudantes, professores e beneficiários de programas sociais dos governos distrital ou federal, mediante apresentação da carteirinha. A inteira custa R$ 10. Menores de até 5 anos e pessoas com deficiência e o acompanhante são isentos. O zoo fica na Avenida das Nações (L4 Sul) e abre de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas.
Fonte: Turismo Adaptado.