No apagar das luzes do desafiante ano de 2017, o movimento da pessoa com deficiência do Rio de janeiro foi brindado com um encontro corajoso no Parque Olímpico!
O coração saudoso dos momentos marcantes em nossa cidade do ano de 2016, meus olhos atentos e sedentos procuravam em cada canto a magia dos momentos paralímpicos! Iniciei minha aventura na quadra central da arena do Tênis e lá encontrei um torneio da Federação de Tênis do Rio (FTERJ) em que atletas com e sem deficiência aproveitavam a oportunidade para encontrar antigos e novos amigos, celebrar a vida e – porque não? – competir dentro das quadras!
Encontrei logo com a família de João Vitor, um lindo menino de dez anos, paraplégico, ávido para competir. No momento, ele é atleta de hand bike em que não existe competição para sua faixa etária, ao descobrir que no Tênis em cadeira de rodas existe competição, seus olhos brilharam se interessando em participar pela Escolinha de Tênis sobre rodas. Eu e Alessandra, mãe de João Vitor, iniciamos uma animada conversa em que nos comprometemos parceria para um projeto com o CVI-Rio em 2018 com crianças e adolescentes retomando o espírito do antigo projeto GAM (grupo de apoio à mielo).
Saindo do Tênis, encontramos um movimento divertido de competição de Hand Bike, muitos atletas faziam um circuito que parecia muito organizado, nos orientando para não atrapalharmos a prova que acontecia em torno de algumas arenas, segui animada para a feira, tímida, mas bastante ousada que contava com a participação de muitas instituições de e para a pessoa com deficiência, outras de reabilitação.
Encontrei lá uma participação grande: a minha querida Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) de Niterói. Foram muitos encontros, corações familiares e afetuosos celebravam uma grande esperança para 2018! Senti na feira um clima da primavera, o florescer de muitos serviços comprometidos com a qualidade de vida da pessoa com deficiência. Encontrei muitos sorrisos, inicialmente não identificados, escondidos atrás de algumas rugas, algumas vezes cabelos prateados pelo tempo ou mesmo a falta deles e durante alguns diálogos recebemos muitos elogios de pessoas que tiveram suas vidas transformadas, relatos de como alguns dos nossos serviços haviam sido como divisor de águas em suas vidas….
Para terminar…
Gostaria de parabenizar a iniciativa do Universo PCD, a ousadia de realizar este evento e agradecer a oportunidade de encontrar novo sentido para seguir em frente e continuar lutando por um mundo mais justo para Todos!
Também, o lançamento da Carbone, a primeira cadeira de rodas brasileira em fibra de carbono que estava no stand da Adaequare! Lançada pela Smart, ela integra beleza, leveza e ousadia! Para mim, esse foi o ponto alto tecnológico da Feira.
Ainda na Adaequare, parabenizo o autor José Carlos Morais pelo lançamento do livro maravilhoso Roda Viva!
Preciso citar que a Cavenaghi, o maior stand da feira, exibia diversos equipamentos, inclusive, a possibilidade de test-drive em carro adaptado sem o clima ostensivo das feiras dominadas pelas montadoras.
Na área cultural, o desfile de modas foi a grande sensação! O desfile mostrou com graça e muito charme a beleza e praticidade da moda que também pode ser acessível….foi linda a apresentação!
E por último, não posso deixar de falar sobre o público de terapeutas, familiares e usuários que se divertiam entre tantas outras atrações…..