Com presença das quatro maiores potências atuais da modalidade – Brasil, Estados Unidos, Finlândia e Lituânia –, o torneio marca um reencontro de tradicionais adversários. Nos Jogos Paralímpicos Londres 2012, os brasileiros ficaram com a medalha de prata ao perder a final, por 8 a 1, para os finlandeses. No Mundial de Espoo 2014, porém, a situação se inverteu: depois de passar pelos lituanos nas semifinais, a seleção nacional conquistou o título ao vencer, por 9 a 1, os anfitriões finlandeses. No ano passado, Brasil e Estados Unidos protagonizaram a decisão dos Jogos Parapan-americanos Toronto 2015 com vitória brasileira por 10 a 4.
Alessandro Tosim, técnico brasileiro, faz mistério em relação ao time para os Jogos Paralímpicos – por isso, separou seus destaques em dois grupos e aposta em alguns atletas jovens que fazem parte do projeto de renovação. Leomon e Paulinho atuam no evento-teste; Romário e Luciano competem no Rio Open.
“Nosso objetivo é avaliar em que condições estão nossas duas equipes e, ao mesmo tempo, impedir que os adversários nos analisem totalmente”, diz Tosim, lembrando que as finais do Mundial e do Pan foram os últimos confrontos do Brasil com os adversários do evento-teste. A aclimatação à arena Paralímpica também é fator importante. “O piso muda muito a questão do arremesso e temos de nos acostumar com a acústica da quadra: se tem eco, se o espaço é grande. Tudo isso é importante para nosso desempenho”, explica o atleta Alexsander Celente, o Gaúcho.
Alex Melo, carioca, participa da disputa tendo a família e os amigos nas arquibancadas. “Jogar diante deles me deixa nervoso, mas a alegria é maior”, garante. Para o esportista, a competição serve como um bom teste para saber como está o time – opinião compartilhada pelo companheiro Romário, que acompanha o Torneio Internacional nos bastidores. “Nossa equipe pode ajustar os últimos detalhes para chegar forte nos Jogos Paralímpicos.”
Carla da Mata, gerente de competição do goalball dos Jogos Rio 2016, explica que, entre as 33 áreas funcionais em ação, acústica, operação esportiva, apresentação esportiva e acessibilidade são itens a serem testados no formato dos Jogos Paralímpicos. “Quando pensamos em acessibilidade, normalmente o foco são rampas de acesso e elevadores para as pessoas que usam cadeiras de rodas. Aqui, temos uma preocupação maior com quem tem deficiência visual”, explica. “Há pisos táteis distribuídos pelo ginásio e a acústica também é uma questão importante”.
Sorteio
Os grupos masculinos e femininos que disputam o torneio Paralímpico de goalball, em setembro, já foram definidos. As equipes estão divididas em duas chaves de cinco seleções que se enfrentam na fase preliminar. Brasil, Argélia, Canadá, Alemanha e Suécia estão no Grupo A, masculino; Finlândia, Estados Unidos, Turquia, China e Lituânia fazem parte do Grupo B. No feminino, Estados Unidos, Japão, Argélia, Brasil e Israel compõem o Grupo C; Rússia, Turquia, Ucrânia, Canadá e China dividem o Grupo D.
Fonte: Rio 2016