Curso de Atendente Pessoal na nossa sede

Aconteceu na ter-feira, dia 05.12.2017, a nossa última aula do Curso para Atendentes aqui no CVI-Rio. Fomos lá conversar pessoalmente com os formandos e ficamos encantados com o que ouvimos. Nossa única pergunta foi o que eles estavam levando do curso como principal aprendizado para suas vidas, e todos, sem exceção, responderam que era a mudança de paradigma sobre a pessoa com deficiência.

Quem começou a falar foi o Anderson Santos Pereira que está cursando Psicologia na PUC-Rio. “Eu saio daqui entendendo que cada vez mais precisamos ter a consciência que todos somos diferentes. Somos iguais perante a Constituição, mas nossos ‘rótulos’ são diferentes. O curso aqui foi tão rico para mim, só vai acrescentar ao curso de Psicologia que estou fazendo na PUC.”

Logo depois, Rosimere Artigas disse que aprendeu que a pessoa com deficiência é independente e que todos nós devemos saber conviver com os limites dos outros. O ponto positivo do curso para ela foi aprender sobre esta independência e o quanto as pessoas precisam confiar uns nos outros.

Paulo Roberto Rodrigues contou que chegou com medo no curso e foi se soltando depois que conheceu melhor a Coordenadora do curso, Beth Caetano. “Comecei a ser eu mesmo e acho que o verdadeiro paciente somos nós mesmos! A relação entre o atendente e o paciente é uma troca e isso é importante sempre lembrar. ”

Lívia Basílio aproveitou a oportunidade para dizer que também chegou com muito medo e depois foi vendo que não era nada como ela pensava. Hoje, ela vê um cadeirante totalmente diferente do seu recente passado: “vejo o quanto eles são independentes, inteligentes e o quanto precisamos ter bom senso”.

Sua mãe, Celina Basílio, complementa dizendo que concorda plenamente com a filha. “O que eu posso deixar claro é que sou outra pessoa depois que entrei no curso. Eu realmente mudei! Quando eu entrei eu via os cadeirantes como coitadinhos que precisariam sempre de mim, hoje eu vejo um cadeirante na rua e é outra coisa, eu não acho que eles são mais coitadinhos”.

Celina continua explicando que entrou no curso muito orgulhosa, pois achava que era ela que iria ajudar as pessoas com deficiência e faria tudo, mas depois descobriu que eles são pessoas com desejos, vontades, inteligentes. Uma frase que ela vai levar consigo para a vida toda é a de Rogério Andreolli quando disse que o atendente precisa ter respeito e bom senso. “Eu sou outra pessoa”, ela termina.

Quase no final, Marinês Santos Silva disse que acreditava que nada acontece por acaso e que não veio para cá por acaso. “Eu nem ia fazer o curso, uma amiga que ia fazer, mas acabou não fazendo e eu acabei vindo. Agora, onde eu vou estou falando do CVI-Rio para todo mundo por conta de todo o aprendizado que tive aqui. E não quero parar por aqui! Eu quero agora fazer um curso de Libras. Eu quero crescer!

Para terminar, Maria da Glória Salomé disse que o curso para ela foi gratificante. “Aprendi que todos nós temos dificuldades e precisamos saber respeitar os limites dos outros. Todos têm limites e precisamos entender isso”.




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