artigo-16 keilaMuitas vezes, ficamos nos perguntando: mas afinal, o que é cultura? No caso das empresas e instituições, podemos afirmar que Cultura pode ser definida vagamente como uma coleção de  valores  que indicam quais comportamentos  são incentivados e desencorajados dentro de um grupo de pessoas ou comunidade.

Se você quiser saber quais são os valores de qualquer empresa, não se preocupe em ler a declaração de missão ou mesmo a lista de “valores” que ela postou online. Isso pode ser um grande passo na direção certa e há uma hipótese de que sejam precisos, mas, são apenas uma declaração de intenção.

A verdadeira prova dos valores de uma organização são os comportamentos que acontecem no dia a dia dentro dessa empresa e a resposta a esses comportamentos por parte dos funcionários em todos os níveis da hierarquia da instituição.

Como a cultura é definida por uma ampla gama de comportamentos, ela naturalmente vai mudar constantemente conforme as pessoas e ideias entram e saem da empresa. Ou seja, a menos que um esforço consciente seja feito para manter a cultura a mesma, a tendência é que essas mudanças sejam contínuas.

Mudanças culturais podem ser sutis

Todos nós já ouvimos a história do sapo que fica em uma panela que esquenta lentamente até ser fervido vivo, não é? Assim como o sapo, fazendo uma analogia, sua empresa precisa estar atenta o suficiente para detectar as pequenas mudanças culturais que podem degenerar em crises completas com o tempo.

Os exemplos mais flagrantes de discriminação não surgem do nada. Eles estão sempre no final de uma estrada pavimentada com comportamentos discriminatórios mais sutis que pioram com o tempo.

Essas mudanças sutis podem ter se originado de apenas um gerente discriminatório que envenenou o resto da cultura. Mas qualquer ação discriminatória requer a cumplicidade da liderança da empresa em todos os níveis: líderes que não reconheciam esses comportamentos sutis, que se recusavam a lidar com eles ou que imaginavam que era problema de outra pessoa.

A mudança cultural começa no topo

A cultura de uma empresa não refletirá seus valores, a menos que os líderes estejam dispostos a responsabilizar a si mesmos e, não ao restante dos funcionários.

A construção da cultura não é algo que os líderes possam terceirizar ou delegar a um departamento separado. Os líderes dão o exemplo para o resto da empresa. Se ficar claro que eles não levam a sério a diversidade, o resto da equipe seguirá seu exemplo.

Alguns líderes de negócios acham que estão fazendo o suficiente simplesmente solicitando treinamento para o restante da equipe ou enviando um memorando, ou uma nova declaração de valores. Muitos deles, nem ao menos, participam dos próprios treinamentos que solicitam. Os funcionários, com certeza, observam esses tipos de ações.

Para alcançar uma mudança duradoura, os líderes devem apoiar suas palavras e afirmações em seu próprio comportamento. Isso significa fazer coisas como revisar as metas de diversidade regularmente, responsabilizar os funcionários por essas metas, levar a sério os problemas relatados e participar do treinamento de diversidade com o restante da equipe.

Até mesmo levantar-se em uma reunião e dizer: “eu levo essa questão a sério e espero que vocês também”. Essa atitude vai muito mais longe do que qualquer treinamento de diversidade pré-fabricado pronto para usar.

Descrição da imagem:

#Pratodosverem_12 mãos com as palmas para cima, uma do lado da outra, formando um grande círculo. A foto sugere união. Do lado esquerdo tem uma tarja horizontal laranja transparente com o texto: Cultura inclusiva nas empresas.

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