Cadeirante fica preso

Esposa diz que nenhum funcionário do estabelecimento os ajudou, em GO.

Um braço da cadeira precisou ser desmontado; homem não ficou ferido.

A administradora de empresas Débora Landim, de 36 anos, denuncia uma situação constrangedora que viveu com o marido, João Alexandre, de 42, ao tentar sair do Shopping Flamboyant, em Goiânia. Cadeirante, o homem ficou preso em uma das passagens de pedestres do estabelecimento e, segundo ela, nenhum funcionário os ajudou.

“A gente teve que contar com a solidariedade das pessoas que passavam no local, já que muita gente ficou sem conseguir passar. Felizmente meu marido não se feriu, mas foi muito constrangedor”, contou Débora ao G1.

Em nota, o Shopping Flamboyant  lamentou o fato envolvendo João Alexandre e reiterou que “as dimensões da passagem consideram modelos de cadeiras de rodas convencionais, com tamanhos e formatos diferentes da apresentada, que parece ser um modelo especial motorizado”.

O estabelecimento destacou que não há registros de casos semelhantes e que sua equipe “possui todo aparato para prestar apoio especializado, mas como o departamento de segurança não foi acionado, não teve como auxiliar o cliente”.

Transtornos
O caso ocorreu no último dia 1º de maio, mas só agora foi divulgado. Segundo a administradora, ela e o marido foram ao local para ir ao cinema e entraram de carro. Eles compraram os ingressos, mas, como a sessão ainda ia demorar, decidiram deixar o carro estacionado e seguir até a casa de um parente que fica nas proximidades.

“Para não ter o transtorno de sair com o carro e perder a vaga, eu decidi ir a pé e ele na cadeira, que é motorizada. Mas a gente nunca imaginou que não existe uma saída adequada para cadeirantes e que ele ia ficar preso”, disse.

Para sair da passagem, um braço da cadeira precisou ser desmontado. Débora diz que ficou revoltada por ninguém do shopping os ajudar. “As pessoas que ficaram com dó e nos socorreram. Os funcionários de lá até ficaram olhando de longe, mas ninguém veio para retirar ele de lá”, reclamou.

Ela espera que alguma providência seja tomada para evitar que a situação se repita. “Meu marido sofre de uma doença e está perdendo os movimentos. Assim como ele, muita gente, mesmo com a mobilidade reduzida, precisa ir e vir e nem sempre está de carro. Tomara que alguma coisa seja feita”, diz a administradora.

O Shopping Flamboyant informou, ainda, que “visando oferecer inclusão e acessibilidade, cumpre com todas as normas vigentes, respeitando com rigor critérios como número e reserva de vagas, rampas para acesso facilitado e passagens de pedestres”. O estabelecimento ressaltou que é vistoriado pelos órgãos competentes “periodicamente”.

Fonte: G1.




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