Acessibilidade no Turismo

Quando falamos sobre acessibilidade no turismo, a primeira coisa que vem à mente é criar rampas nos aeroportos para as pessoas com deficiência física. Esquecemos que existem 45 milhões de pessoas no Brasil com alguma deficiência e que temos uma diversidade gigantesca de deficiências. Além disso, precisamos lembrar que cada um é um, e o que pode ser acessível para uns, pode não ser para outros.

Outra lembrança importante que devemos ter ao falar de acessibilidade é que ela, segundo o Conceito de Desenho Universal, deve ser “pensada” para TODOS, isso inclui pessoas com alguma dificuldade temporária, mulheres grávidas, pessoas pós-acidentadas em recuperação, crianças e idosos com mobilidade reduzida.

A importância do Turismo Acessível

O “turismo acessível” permite que as pessoas com limitações de acesso nas dimensões de mobilidade, visão, audição e cognição funcionem de forma independente, com equidade e dignidade.

Isso significa que os serviços e ambientes turísticos devem incluir:

Novos padrões de desenvolvimento do turismo estão se direcionando para novas questões críticas, como qualidade, sustentabilidade, imagem, inovação e acessibilidade.

É importante considerar que os grupos de turistas com deficiência ou com mobilidade reduzida têm, mais do que qualquer outro, necessidade de informações específicas detalhadas e fidedignas para a decisão das suas opções de férias. Tudo isso para evitar situações constrangedoras e experiências desagradáveis durante uma viagem.

Além de mais bem informados de seus direitos e mais exigentes, esses grupos buscam qualidade nos serviços, quando dedicam seu tempo livre ao turismo. Vale considerar que acessibilidade e turismo são dois conceitos relacionados e que o turismo acessível é uma importante oportunidade de negócios.

Finalizando…

Já temos muitos estudos sobre turismo acessível e um que nos chamou muito a atenção foi a do autor Cavaco que menciona que “o turismo valoriza o fator de desenvolvimento integral do homem e o reconhece como instrumento de integração social, de acesso à cultura, um turismo para todos, visando a sua democratização”. Ou seja, conforme o destaque do autor, o turismo tem que fazer parte do turismo social, sendo, portanto, um turismo inclusivo. Assim, a busca da inclusão das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no turismo faz parte de um processo de mudança na forma de planejar o turismo.