Acessibilidade precária no Centro e em pontos turísticos do RJ

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Deficiente visual enfrenta a falta de sinalização tátil nas ruas do Centro.

No Maracanã, cadeirante não tem como usar sozinho a rampa íngreme.

O  Relatório da Comissão da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro mostra que para quem tem dificuldades de locomoção, percorrer a região central da cidade, os pontos turísticos e os locais onde haverá competições durante as Olimpíadas e as Paralimpíadas não é tarefa fácil.

O documento foi enviado ao governo do estado e à prefeitura e a conclusão não é nada animadora, como mostrou o RJTV.

“Através da Olimpíada e da Paralimpíada, a gente gostaria de ter conseguido um legado. Para nós, que vivemos nessa cidade, turistas que vêm nos visitar, mas, infelizmente não foi vista essa questão da acessibilidade”, disse a deputada Tânia Rodrigues (PDT), vice-presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Alerj.

A Praça Mauá, por exemplo, foi recentemente reformada numa área de revitalização da cidade. Mas para uma pessoa com deficiência chegar ao local, ou andar pelas ruas do entorno não é fácil. Pela região vai passar o VLT e o protótipo apresentado pela prefeitura não previa espaço para os cadeirantes.

“Quando a roda da cadeira agarra, não tem como ir para frente nem para trás, está presa.

Além do trilho que trava a cadeira, ainda tem o paralelepípedo. No final, não tem rampa.Tenho que procurar rampa ou passar no meio dos carros”, diz o auxiliar administrativo

Wellington Santos, que mora em Niterói e usa as barcas para trabalhar no Rio.

Um desafio olímpico é uma pessoa com deficiência tentar ir ao Maracanã de metrô. Ao sair da estação, vai se deparar com uma rampa.

“Não dá para descer sozinho. Impossível. Se eu largar a cadeira aqui ela vai embora, e com velocidade. E se eu tentar frear vai queimar minha mão e causar acidente. É muito íngreme. eu me sinto constrangido de não poder andar sozinho”, explica Wellington.

Já Sandro Soares, analista de sistemas que tem deficiência visual, diz que para alguém como ele duas coisas são essenciais: sinalização sonora e tátil no chão.

“Sem sinal sonoro, para atravessar rua, precisa de sorte ou ajuda de alguém”, contou.

A prefeitura informou que o VLT usado como base no relatório era apenas um protótipo. O VLT que vai circular terá espaço para cadeirantes, informou a prefeitura. A Empresa Olímpica Municipal informou que parte das intervenções feitas nas regiões de competição ainda está em execução, e que a prefeitura trabalha para melhorar a acessibilidade e ampliar sua capacidade de atendimento.

Um vídeo enviado ao RJTV mostra as dificuldades que passam dentro de um trem da Supervia as pessoas que têm alguma deficiência. A Supervia prometeu que até o fim de 2016 todos os trens devem estar com uma altura adequada às plataformas, e que os funcionários são treinados para ajudar os deficientes.

Fonte: G1.